Segundo a acusação, que o CM consultou no DCIAP, Alcântara Guerreiro adquiriu 30 farmácias, entre 2000 e 2010, "através de interpostas pessoas que se limitavam a figurar como adquirentes nas escrituras de aquisição" e concebeu um esquema de aquisição de medicamentos, que não pagava, e eram canalizados para a Healthcare, simulando a devolução
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/fraude_de_63_milhoes_de_euros_em_farmacias
Máfia das farmácias tem 20 milhões só em imóveis
http://www.jn.pt/seguranca/interior/mafia-das-farmacias-tem-20-milhoes-so-em-imoveis-2447066.html#ixzz4U3WHlg7L
O valor dos imóveis apreendidos no caso "máfia das farmácias" está já em 20 milhões, mas o processo avoluma-se. Há outro advogado arguido e o Ministério Público tem nova queixa por burla de meio milhão de euros.

Em causa estarão, por exemplo, um luxuoso andar habitado por Nuno Guerreiro no Edifício Britânia, na Parede (Linha de Cascais), ou a moradia onde vive Bruno Lourenço, no condomínio Quinta dos Alcoutins, no Lumiar, Lisboa, paredes-meias com outro arguido no caso, o advogado Paulo Almeida.
"Como funcionava o esquema da mega fraude nas farmácias
26/11/2014,http://observador.pt/2014/11/26/como-funcionava-o-esquema-da-mega-fraude-nas-farmacias/
Os investigadores têm-se defrontado com a complexidade do esquema usado na mega fraude das farmácias, um esquema que funcionava como um sistema piramidal. Pontos essenciais.
A investigação apontou essencialmente a Nuno Alcântara Guerreiro, farmacêutico, filho de farmacêuticos, casado com uma mulher com dupla nacionalidade, portuguesa e brasileira, o que o leva(va) a passar grandes temporadas no Brasil. E Bruno Lourenço, também licenciado em farmácia, e mestre em Economia da Saúde. Além deles, haveria mais cinco envolvidos num nível inferior, seguindo-se um lote de ‘homens de mão’, usados para comprar farmácias além do permitido pela lei (quatro). Há suspeitas de quem haverá um cabecilha no topo, e outros envolvidos, como advogados e técnicos de contas.
Tudo começava com a compra de farmácias através de empresas criadas em nome de ‘homens de mão’. Estes eram recrutados entre sócios, trabalhadores ou gestores no ramo da saúde, nomeadamente armazéns de medicamentos. Recebiam a promessa das vantagens empresariais resultantes da inserção destas empresas no grupo, tendo apenas de dar o nome e ser co-titular de uma conta bancária. A maior atração era a possibilidade de negócio oferecida, nomeadamente grandes encomendas de medicamentos, feitos para o grupo de farmácias, que levavam os laboratórios a baixar o preço fazendo subir as margens de lucro. Além disso, as encomendas eram excedentárias, levando a vendas e a devoluções, que eram depois encaminhadas para a exportação, novamente com enormes lucros.
As grandes encomendas de medicamentos, feitas em rotação pelas empresas proprietárias das várias farmácias, raramente eram pagas. O lucro dos medicamentos vendidos, bem como a comparticipação paga pelo Estado para a maioria dos remédios, seria encaminhada para uso pessoal. Além disso, os créditos bancários também nunca foram liquidados. Há dívidas de 50 milhões à banca e cerca de 30 milhões a fornecedores (armazéns e laboratórios). Os responsáveis por essas dívidas passaram a ser os elos mais fracos da cadeia: os ‘testas de ferro’ que deram o nome aos negócios e alguns donos de farmácias que, endividados, cederam a gestão das mesmas a troco de pagamento dessas dívidas e pouco tempo depois as receberam de volta sem stock, sem móveis e em total falência."
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