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domingo, 27 de novembro de 2016

Os Boticários

"Quatro anos depois da Operação SOS Pharmacias, que levou a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ a fazer buscas em dezenas de farmácias, o Ministério Público acusou agora o farmacêutico Nuno Alcântara Guerreiro de abuso de confiança, insolvência dolosa, branqueamento de capitais e fraude fiscal. 


Segundo a acusação, que o CM consultou no DCIAP, Alcântara Guerreiro adquiriu 30 farmácias, entre 2000 e 2010, "através de interpostas pessoas que se limitavam a figurar como adquirentes nas escrituras de aquisição" e concebeu um esquema de aquisição de medicamentos, que não pagava, e eram canalizados para a Healthcare, simulando a devolução

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/fraude_de_63_milhoes_de_euros_em_farmacias



Máfia das farmácias tem 20 milhões só em imóveis



 http://www.jn.pt/seguranca/interior/mafia-das-farmacias-tem-20-milhoes-so-em-imoveis-2447066.html#ixzz4U3WHlg7L 



O valor dos imóveis apreendidos no caso "máfia das farmácias" está já em 20 milhões, mas o processo avoluma-se. Há outro advogado arguido e o Ministério Público tem nova queixa por burla de meio milhão de euros.


A lista foi elaborada pelos investigadores da Unidade de Combate à Corrupção e do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), do Ministério Público. Os imóveis são propriedade ou são controlados pelos dois principais arguidos, Nuno Alcântara Guerreiro e Bruno Lourenço.

Em causa estarão, por exemplo, um luxuoso andar habitado por Nuno Guerreiro no Edifício Britânia, na Parede (Linha de Cascais), ou a moradia onde vive Bruno Lourenço, no condomínio Quinta dos Alcoutins, no Lumiar, Lisboa, paredes-meias com outro arguido no caso, o advogado Paulo Almeida.


"Como funcionava o esquema da mega fraude nas farmácias

26/11/2014,

http://observador.pt/2014/11/26/como-funcionava-o-esquema-da-mega-fraude-nas-farmacias/

Os investigadores têm-se defrontado com a complexidade do esquema usado na mega fraude das farmácias, um esquema que funcionava como um sistema piramidal. Pontos essenciais.


A investigação apontou essencialmente a Nuno Alcântara Guerreiro, farmacêutico, filho de farmacêuticos, casado com uma mulher com dupla nacionalidade, portuguesa e brasileira, o que o leva(va) a passar grandes temporadas no Brasil. E Bruno Lourenço, também licenciado em farmácia, e mestre em Economia da Saúde. Além deles, haveria mais cinco envolvidos num nível inferior, seguindo-se um lote de ‘homens de mão’, usados para comprar farmácias além do permitido pela lei (quatro). Há suspeitas de quem haverá um cabecilha no topo, e outros envolvidos, como advogados e técnicos de contas.

Tudo começava com a compra de farmácias através de empresas criadas em nome de ‘homens de mão’. Estes eram recrutados entre sócios, trabalhadores ou gestores no ramo da saúde, nomeadamente armazéns de medicamentos. Recebiam a promessa das vantagens empresariais resultantes da inserção destas empresas no grupo, tendo apenas de dar o nome e ser co-titular de uma conta bancária. A maior atração era a possibilidade de negócio oferecida, nomeadamente grandes encomendas de medicamentos, feitos para o grupo de farmácias, que levavam os laboratórios a baixar o preço fazendo subir as margens de lucro. Além disso, as encomendas eram excedentárias, levando a vendas e a devoluções, que eram depois encaminhadas para a exportação, novamente com enormes lucros.
As grandes encomendas de medicamentos, feitas em rotação pelas empresas proprietárias das várias farmácias, raramente eram pagas. O lucro dos medicamentos vendidos, bem como a comparticipação paga pelo Estado para a maioria dos remédios, seria encaminhada para uso pessoal. Além disso, os créditos bancários também nunca foram liquidados. Há dívidas de 50 milhões à banca e cerca de 30 milhões a fornecedores (armazéns e laboratórios). Os responsáveis por essas dívidas passaram a ser os elos mais fracos da cadeia: os ‘testas de ferro’ que deram o nome aos negócios e alguns donos de farmácias que, endividados, cederam a gestão das mesmas a troco de pagamento dessas dívidas e pouco tempo depois as receberam de volta sem stock, sem móveis e em total falência."

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