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domingo, 27 de julho de 2014

Os "Povos da Palestina"

PROCIDADE

"Uma ofensa feita a um homem [ou mulher] é uma ofensa a toda a humanidade"

Prof. Adriano Moreira,
Novembro de 1991 (a propósito do massacre do Cemitério de Sta Cruz, Timor)
Se nos abstrairmos dos números ou das estritas cifras; se tivermos em conta que a dor é universal e é unívoca, é pessoal e é total e absoluta, o que distingue o holocausto nazi do holocausto sionista praticado ininterruptamente sobre a Faixa de Gaza?...

Gaza, a parte visível de um conflito bem maior e mais antigo, desde o movimento sionista de 1890 à

"declaração de Balfour" de 1917 ["(...) o governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um Lar Nacional para o Povo Judeu(...)"] desde os pactos "Hussein-McMahon

até ao "Mandato Britânico da Palestina" (1920-1948), desde o

"plano de Partilha da ONU"(1948) às ambições territoriais sionistas (ou judaicas) doutrinadas sobretudo logo a partir de 1950 por praticamente todos os políticos ou governantes de Israel ( Golda Meir afirmou em entrevista ao Sunday Times em 1969 "não existe nenhuma coisa chamada povo palestino"), Gaza estava condenada a ser este campo de concentração e de extermínio onde são abatidos ininterruptamente civis, mormente crianças, ao ponto de - e perdoem se "politicamente incorrecto" - os judeus poderem perder (entre outras) a legitimidade de denunciar Auschwitz-Birkenau como a mais bárbara rede de campos de extermínio.



"Entre as vilas e as muralhas
Da moirama,
Sobre a espiga e sobre a palha
Que derrama,
Sobre as ondas, sobre a praia,
Já o tempo...

Perde a fala e perde o riso,
Perde o amor"

(José Afonso, 1968)

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