Pode levar os seus filhos consigo para o seu trabalho ou o seu negócio?

PROCIDADE

A "Ética dos Negócios"

                                    "quem distingue ou separa as 'éticas' numa 'ética para a vida', uma ´'ética para os negócios', uma                                         'ética para a profissão', acaba, irremediavelmente, por nem ter nem praticar ética nenhuma". Zef,VR

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Pode levar os seus filhos consigo para o seu trabalho ou o seu negócio?

Fomos e somos muitos os que viram as várias cambiantes do "Shark Tank", primeiro a versão americana, depois a canadiana (Dragon's Dem) e por aí adiante.

Dos muitos que viram, quantos repararam nos pequenos pormenores, nos detalhes entre um e outro "candidato", nas posições e na ética (ou falta dela) dos tubarões, etc.?...

"Nunca entraria em negócios que não me permitissem levar os meus filhos comigo para o trabalho; e por isso estou fora":

Sessão número não sei quantos do Shark Tank. Um jovem apresenta-se aos "sharks" com a proposta de um software (App) para smartphones que ajuda a enganar e a trair, uma App para encobrir deslealdades. Serve para evitar discussões, justifica.

O traço mais curioso (e até risível) do candidato é a completa ausência do mais elementar sentido de pudor, quanto mais de ética ou moral; charlatão, oportunista e videirinho, não sente qualquer constrangimento em relação ao que ali o traz. Para ele, que se explica (e se expõe) sem qualquer rebuço, não há constrangimentos de qualquer tipo ou ordem, tudo se pode, tudo se aceita, bastando que seja mecânica, física ou operacionalmente possível ou exequível.

A dado passo, um dos tubarões - que, de resto, já o tinha questionado acerca da duvidosa ética do seu "produto" - tenta balizar o jovem: "bom, eu tenho outra filosofia, para mim não gira tudo [apenas] à volta do dinheiro e nunca entraria num negócio que não me permitisse levar os meus filhos comigo para o trabalho"...

O jovem não conseguiu evitar uma expressão de completa e absoluta surpresa. Acabara de ouvir, seguramente, um marciano!

E continuou com as negociações, deixando-nos, aos mais críticos, certos de duas coisas, a saber,

- a primeira - os pais [e ou os educadores] daquele jovem, não terão tido, seguramente, o mesmo escrúpulo do "Shark" que o tentou advertir...

- a segunda - felizmente o(s) nosso(s) pai(s) não faziam negócios de tal jeito e maneira que tendo nós ido com ele(s) para o trabalho, nos deseducassem ou corrompessem moralmente.

(episº completo abaixo)