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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

justiça?, é o que menos me importa agora...

https://abovethelaw.com/2015/07/why-judges-and-prosecutors-dont-care-if-theyre-right/?rf=1


Why Judges and Prosecutors Don’t Care If They’re Right

"Judge Alex Kozinski explains that a lot of fault for our messed-up criminal justice system lies with judges and prosecutors.

Put simply, it’s a barn burner.
He lays out 12 views that are widely held by judges and lawyers to justify what happens in our criminal justice system — that forensic evidence is reliable, that juries follow jury instructions, that human memory is reliable, that the prosecution is at a disadvantage because of the burden of proof, that long sentences deter crime — and explains why there is substantial reason to doubt each of them based on what we know about the how the legal system actually works, what we’ve learned from empirical studies of how human brains function, and scientific literature casting doubt on much of what happens in the courtroom.
For example, on the reliability of forensic evidence, Kozinski quotes a piece in the journal Science that concludes that:
Spectrographic voice identification error rates are as high as 63%, depending on the type of voice sample tested. Handwriting error rates average around 40% and sometimes approach 100%. False-positive error rates for bite marks run as high as 64%. Those for microscopic hair comparisons are about 12% (using results of mitochondrial DNA testing as the criterion).
Another powerful Kozinski point is about jury instructions.
Judges often instruct juries on the law, explaining relatively nuanced legal doctrines, only one time. Orally. Many don’t give the juries a copy of the instructions. Appellate courts then presume, as a matter of law, that the juries understand what they’ve been told and are following it to the letter.
Seriously? Have these judges ever been to a conference and heard people receive an orientation? Most of the time people don’t follow directions to the bathroom without hearing them more than once. The only way you’d think juries actually know what they’re supposed to do from this process is if your only experience of actual humans came from reading appellate decisions.
After reading the first 11 pages of Kozinski’s piece, one gets the strong feeling that our criminal justice system isn’t that much better than trial by ordeal. Instead of drowning people, making them drink poison, or setting them on fire, we subject them to other rituals that are not much more tethered to actual guilt or innocence. Instead of relying on faith in the Almighty to rescue a person accused of a crime, we now place our faith in a similarly powerful entity — the Department of Justice. Kozinski gives us little reason to think that faith is well-placed. There is, in fact, a reason to think trial by ordeal may be better — at least God isn’t trying to rack up stats to justify His work.
Kozinski’s piece is, essentially, a call toward empiricism — a call toward a more scientific approach — in our criminal courts. He is advocating for a system of criminal justice based on how the world actually is. His approach is grounded in science and real world information. Under Kozinski’s approach to how our criminal justice system should be, we should care how people and policies work, instead of our own a priori views on how people and policies ought to work.
This is not the way lawyers or judges typically approach the world. Lawyers and judges prefer to look at how the world has been described by other lawyers and judges and assume those folks were probably right.
Kozinski is, in essence, a lot like Gallileo. The law enforcement community is the Pope. Being correct doesn’t matter when you’re up against folks with the power to imprison who are institutionally threatened by your theory of the world.
That said, what Kozinski’s arguing isn’t new. It’s been written about in one form or another for years. Similar points have been made by Judge Jed Rakoff, Judge Nancy Gertner, in books from Michelle Alexander’s The New Jim Crow to Bill Stuntz’s The Collapse of the American Criminal Justice System (affiliate links). The Cato Institute and Rand Paul have made many of the same arguments.
In light of this, why aren’t things changing? Why aren’t the people at the Department of Justice, or other law enforcement entities, using this as a spur to think about maybe not incarcerating so many people? Why aren’t judges in criminal cases worried about being right, rather than relying on the junk science of older judges?
If you read the press on what’s going on in our criminal courts, there’s a wide recognition that they’re broken. If you actually practice in them, virtually no prosecutors and very few judges seem to care. Why?
I think the history of hand washing suggests a nice explanation.
When observing the world was just catching on as a way to learn about how the world works — as opposed to just making up what it must be like — a Hungarian named Ignaz Semmelweis noticed that if doctors washed their hands and medical instruments when delivering babies fewer mothers and babies died.
He thought that was information worth sharing.
And, of course, the medical establishment, concerned with having fewer patients die and protecting itself — though not in that order — ridiculed him until he died angry and alone. Among other problems — like a blind, unthinking faith that the way they’d always done things must be the way they ought to be done — doctors just couldn’t get over the idea that their own uncleanliness had a role in such great harm to their patients.
So too with the law. Prosecutors and judges, for years, have meted out punishment based on a view about how people work and how the world works that is as justified as an argument that a doctor shouldn’t wash his hands before handling a patient. Yet it’s easier to keep doing what they’ve been doing than to recognize the harm that they’re causing, and have been.
Threats to power aren’t just threats to the ability to do things — they’re also threats to the way things have been done.
Eppur si muove."

terça-feira, 30 de outubro de 2018

A Insustentável Inexistência da Segurança Social

… ou,

A (In)Segurança Social, a "Caixa" de todas as (In)previdências

Ou ainda e parafraseando Milan Kundera,

A Insustentável Leveza de (certos) Não-Seres/Não-Serviços Públicos

Depois de várias situações (e resultados) idênticos, decidi(mos) neste episódio registar esta Insustentável Leveza do Não Serviço de Atendimento Telefónico da Segurança Social Direta:

Notas:
1. Esteve-se neste jogo de tentativa e fracasso desde as 11:30 H do dia 29OUT2018 até às (+ ou -) 15:00 Horas desse mesmo dia;
2. Gravação das chamadas (1): apenas se decidiu gravar as chamadas depois de quase uma dezena de telefonemas frustrados; apesar das muitas tentativas, não se conseguiu o atendimento;
3.Repetiu-se a experiência (com os mesmos resultados) logo ao início da manhã do dia seguinte (
4. Gravação das chamadas(2): Foram gravadas apenas algumas das chamadas efetuadas; abrigo/abrigamos o direito de fazer a nossa própria gravação, a) no facto de termos que autorizar que a entidade grave as chamadas e, b) no facto de esta também as gravar;
4. Divulgação das mesmas: uma vez que o direito decorre do da entidade em questão, trata-se de assunto público e de interesse público.

às 13:19H do dia 29OUT2018:


às 13:37H do dia 29OUT2018:


às 13:40H do dia 29OUT2018
a chamada foi desligada do mesmo modo abrupto ao cabo de 12 minutos !:
(gravação a ser editada para suprimir a ID dos/as intervenientes)


às 14:12H do dia 29OUT2018
a chamada foi desligada abruptamente ao cabo de 16 minutos: 
 (gravação a ser editada para suprimir a ID dos/as intervenientes)


… no dia seguinte

às 9:05 H de 30OUT2018
Chamada em espera, música e anúncios "spam" e chamada desligada depois, abruptamente,
ao cabo de 8 minutos:

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Nesta instância - pelo menos - não ficou ''suspensa''...



''Outro dos arguidos condenado neste caso foi o advogado ..., que teve uma pena de quatro anos e seis meses de prisão efetiva pelos crimes de corrupção ativa, posse de arma proibida e falsificação de documentos.''

Sobreviverá ao(s) recurso(s)?...


sexta-feira, 25 de maio de 2018

RGPD - mais ''proteção'' ao mais opacidade?

PROCIDADE

Resultado de imagem para data protection CE
Neste amalgamado atoleiro de regulação em que se vem transformando a vida das sociedade das "democracias modernas", entra- a hoje em vigor o RGPD - Regulamento Geral de Protecção de Dados - por força de (mais) uma directiva europeia marca "CE".

Sendo mais um ''normativo'' carregado de bondosa ideologia, há desde logo uma constatação inevitável: trata-se de regulação que aumenta exponencialmente o poder dos Detentores de Bases da Dados - os DBD - face aos Titulares dos Dados - os TD, fingindo que estão a ser importas aos primeiros mais obrigações ou mais ''cuidados''.

Como consequência, teremos a curto prazo uma recusa recorrente por parte dessas entidades na prestação de informações vitais para dirimir conflitos e ou defender direitos, legando/invocando o RGPD, o que apenas se virá a traduzir em mais opacidade e obscuridade nas relações entre quem tem poder - e que a gíria forense designa até com os Litigantes de Massa - e o(s) cidadão(s) comum(s) - utente, consumidor, cliente, etc.

A primeira saída de quem de boa fé - e ingenuamente - olha para estas jurídicocorrências seria perguntar ''mas como podem estes [depu(or)tados] legislar/regular com com estes contornos e conteúdos, quando as relações entre poderes já são tão corporativas"?...

- Mas a pergunta é ingénua, de facto, porque o problema se coloca de forma absolutamente inversa: é através de regulação e legislação com estes contornos que se aumenta o poder do corporativismo neoliberal nas ''modernas democracias'':

É fácil adivinhar ou antecipar escusas e recusas como - não lhe poderemos fornecer a informação em questão porque embora o assunto lhe diga respeito, contém dados de terceiros protegidos pelo novo RGPD. A lei começa a vigorar e a doutrina é nenhuma e nenhuma é a jurisprudência. Vai aumentar a quantidade de processos a correr numa organização judiciária que até há bocado, legislava sacrificando a Certeza e Confiança Jurídicas justificando-se com a necessidade de ''desentupir os tribunais''. Bastará que num simples formulário constem dados de duas pessoas para que a tendência ara a opacidade - e a afirmação de poder e condicionamento através desses expedientes - leve muito slitigantes de massa a usar escusas como a referida acima, E O ÚLTIMO RECURSO SERÁ... RECORRER AOS  TRIBUNAIS!!!.

Quando o axioma - ou a máxima - deveria ser "quem não deve, não teme" - e aumentar o dever de transparência dos tais DBD/Litigantes de Massa, abrir o condicionamento à gravação de vídeo e áudio que são um recurso tão necessário àqueles que não tendo poder têm pelo menos um telemóvel onde registar ou que ou como lhes foi imposto, retirado, sonegado, furtadio, etc., i.e., a vítimas de todo o tipo de abusos, este regulamento, ''prometendo'' mais exigência, controlo e rigor, aquilo que terá como consequência inevitável será mais opacidade, condicionamento e domínio pela negativa dos DBD.

Valeria a pena perguntar a estas "jovens competências" que nos parlamentos de cá e de lá legislam desta forma, primeiro, quem e que bem(s) jurídico(s) estão a proteger e, segundo, com base em que dados e estudos partiram para estas redacções normativas porque está provado filosófica, sociológica e e politicamente que o aumento da opacidade serve apenas este tipo de fins:
- aumentar o domínio e o arbítrio que quem detém informação e poder,
- aumentar o lado negro do bom nome [1]
- criar ainda mais e piores 'novas' banalizações do mal[2]

O que visa com o RGPD o o legislador?...

"...
(2) Os princípios e as regras em matéria de proteção das pessoas singulares relativamente ao tratamento dos seus dados pessoais deverão respeitar, independentemente da nacionalidade ou do local de residência dessas pessoas, os seus direitos e liberdades fundamentais, nomeadamente o direito à proteção dos dados pessoais. 
O presente regulamento tem como objetivo contribuir para a realização de um espaço de liberdade, segurança e justiça e de uma união económica, para o progresso económico e social, a consolidação e a convergência das economias a nível do mercado interno e para o bem-estar das pessoas singulares. 

(3) A Diretiva 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho ( 4 ) visa harmonizar a defesa dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas singulares em relação às atividades de tratamento de dados e assegurar a livre circulação de dados pessoais entre os Estados-Membros. 4.5.2016 PT Jornal Oficial da União Europeia L 119/1 ( 1 ) JO C 229 de 31.7.2012, p. 90. ( 2 ) JO C 391 de 18.12.2012, p. 127. ( 3 ) Posição do Parlamento Europeu de 12 de março de 2014 (ainda não publicada no Jornal Oficial) e posição do Conselho em primeira leitura de 8 de abril de 2016 (ainda não publicada no Jornal Oficial). Posição do Parlamento Europeu de 14 de abril de 2016. ( 4 ) Diretiva 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de outubro de 1995, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados (JO L 281 de 23.11.1995, p. 31). 

(4) O tratamento dos dados pessoais deverá ser concebido para servir as pessoas. O direito à proteção de dados pessoais não é absoluto; deve ser considerado em relação à sua função na sociedade e ser equilibrado com outros direitos fundamentais, em conformidade com o princípio da proporcionalidade. O presente regulamento respeita todos os direitos fundamentais e observa as liberdade e os princípios reconhecidos na Carta, consagrados nos Tratados, nomeadamente o respeito pela vida privada e familiar, pelo domicílio e pelas comunicações, a proteção dos dados pessoais, a liberdade de pensamento, de consciência e de religião, a liberdade de expressão e de informação, a liberdade de empresa, o direito à ação e a um tribunal imparcial, e a diversidade cultural, religiosa e linguística.
..."
.................................................................................
[1] - Dias, J. O lado Negro do Bom Nome. 2012 . Edições Esgotadas (Porto). 170 pp
O Lado Negro de Bom Nome


[2] - Real, M. Nova Teoria do Mal. 2012 . Don Quixote (Lisboa). 192 pp
Resultado de imagem para a nova banalização do mal miguel real
(pode) saber mais aquihttps://www.tsf.pt/programa/o-livro-do-dia/emissao/nova-teoria-do-mal-de-miguel-real-2350010.html 



domingo, 18 de março de 2018

A nossa incorrigível 'vocação ultramarina'


ARROZ DO CÉU













https://www.dn.pt/portugal/interior/cinco-funcionarios-da-seguranca-social-acusados-em-processo-de-corrupcao-9183003.html

"...Segundo a PGDL, "está suficientemente indiciado" que os cinco funcionários da Segurança Social dedicaram-se, entre janeiro de 2015 até 27 de junho de 2017, a criar números de identificação da Segurança Social (NISS) para cidadãos estrangeiros, sobretudo oriundos de países indostânicos, ou seja, países como Índia, Paquistão e Bangladesh, a troco do pagamento de quantias monetárias...."