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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vamos brincar à caridadezinha

http://ardinarices.blogspot.pt/2010/12/que-generosos.html

"Que generosos ficam os (novos) ricos, depois de pôr o mundo na miséria.
Mas que continuem a ser os outros (ou os mesmos?) a contribuir e a suportar, claro.



"Admite-se a propriedade privada desde que para todos fique parte igualmente boa e igualmente bastante..."

Não foi António Aleixo quem o disse (mas bem podia ter sido). Terá sido Jonh Locke, um dos principais precursores do Princípio da Propiedade.



“Banco Alimentar recolhe alimentos

O Banco Alimentar Contra a Fome lança no próximo fim-de-semana, 5 e 6 de Maio, uma nova campanha de recolha de alimentos, que acontece em 813 estabelecimentos comerciais localizados nas zonas de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, S. Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve e Portalegre.

Dado o êxito registado em Novembro, vai ser simultaneamente realizada a Campanha "Ajuda Vale": o cidadão continua a poder escolher os produtos que pretende destinar ao Banco Alimentar Contra a Fome, embora a restante logística seja assegurada pelo próprio estabelecimento. Este sistema será levado a cabo até 13 de Maio em todas as lojas das cadeias
 Dia/MinipreçoEl Corte Inglês,  Jumbo/Pão de AçúcarLidl eModelo/Continente”.










Realmente, é - inevitavelmente - o tempo para dar. Mas é também - e sobretudo - o tempo para se ter mais vergonha, mais moral, mais respeito pela dignidade...




"Vamos brincar à caridadezinha, festa, canasta e boa comidinha", já assim cantadizia em 1973 José Barata Moura.

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actualização em 24Dez2012 e com o melhor espírito natalício:


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Advogados e corrupção

http://www.jn.pt/nacional/interior/advogados-admitem-ser-permeaveis-a-corrupcao--1677583.html

"... Quando comparado com os restantes parceiros europeus, no que toca ao retrato por regiões, Portugal até nem faz má figura. O cenário só piora quando os advogados portugueses surgem em 11.º lugar num ranking mundial de países, classificados de acordo com as respostas dos seus profissionais: 65% dos inquiridos consideram que, por cá, a corrupção é algo habitual no sector.
No cômputo geral, e de acordo com o estudo internacional apoiado pelo Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), à frente de Portugal só o Paquistão, China, Guatemala, Ucrânia, Peru, Colômbia, Argentina, Rússia, México e Nigéria (por esta ordem descendente). No extremo oposto, ou seja, os países cujos advogados questionados consideraram que a corrupção não é um problema no seu ramo, surgem a Dinamarca, Japão, Luxemburgo, Uruguai, Canadá e Chipre.
Cerca de 85% dos causídicos portugueses admitiram também que a legislação nacional e os regulamentos profissionais são ineficazes na prevenção e combate à corrupção internacional e ao branqueamento de capitais. Valor igual ao da Rússia, similar ao da Nigéria e só ultrapassado pelos da Venezuela e Argentina.
São ainda os jovens advogados, dos 20 aos 30 anos, que dão conta de tal fenómeno. Já os veteranos do Direito pouco o referenciam. Aliás, se mais de 65% dos jovens denunciam a existência de corrupção, esse indicador cai a pique entre os profissionais com mais de 51 anos.

Desconhecimento elevado
Por áreas mundiais, o relatório "Riscos e ameaças de corrupção e a profissão de advogado" aponta à Comunidade dos Estados Independentes, como a Rússia, Ucrânia ou Azerbeijão, os piores indicadores.
São daquela região os profissionais jurídicos que mais afirmaram conhecer colegas envolvidos em corrupção internacional; acreditam que colegas já funcionaram como ponte para a prática corruptiva com um governante; ou que a corrupção é algo comum dentro da classe.
No geral (ler outros dados na caixa), metade dos inquiridos consideram o fenómeno um problema com que o sector se depara.
Os entrevistados admitiram também que um número significativo é abordado para actuar como agente ou intermediário em transacções suspeitas internacionais.
Realizado pela Organização Internacional das Associações de Advogados (IBA) e Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), o estudo recomenda a formação destes profissionais e a criação de programas jurídicos sobre suborno e corrupção transfronteiriça."


terça-feira, 5 de outubro de 2010

... além de ''irresponsável' e ''inimputável''

 É uma Justiça Insuportável

No "Centenário da República",

O (in)consequente acto de Julgar (e a ética republicana)

graças à República implantada em 1910 e à primeira constituição "republicana" (1911)

A Magistratura Judicial (e a do Ministério Público por reflexo corporativo) é,

Irresponsável e inimputável (!!!)

CONSTITUIÇÃO DE 1911 (a Republicana)
TÍTULO III
Da Soberania e dos Poderes do Estado

SECÇÃO 3
PODER JUDICIAL
Artº 60º
"Os juízes serão irresponsáveis nos seus julgamentos, salvo as excepções consignadas na lei.
Nas ventas de todos/as quantos/as são responsabilizados pelos seus atos (Médicos, Enfermeiros, Engenheiros, Advogados, Técnicos de Contas e por aí adiante, em pleno século XXI, os profissionais da Magistratura Judicial são abrigados por duas garantias que são partilhadas apenas por mais dois grupos sociais, as crianças e os cidadãos portadores de deficiência mental, são irresponsáveis e inimputáveis; porque estas garantias são o necessárias  para a independência dos magistrados", alega-se...
             Que pensassem assim os republicanos de 1910 - atenta a sua génese e conjuntura - ainda se percebe; mas que ainda pensem assim os republicanos de 2000 ou 2010?!...
 
atualização (2016)
Em 2009, o primeiro-ministro de então tentou que fosse promulgada Lei da Responsabilidade Extra Contratual