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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Afinal, a CGD é (como) um organismo público porquê?...


Afinal, a CGD é (como) um organismo público porquê?...
PROCIDADE

O que infelizmente continua a acontecer em relação “àquela” administração, a exploração desta gincana política, deste fait divers, uma atuação incendiária para colher dividendos políticos míseros, um matar apenas para comer que desestabiliza dentro e fora da CGD e que a nós, os governados, nos angustia e nos revolta, demonstra uma completa falta de cuidado, para não dizer indiferença, diante da governação do país e dos problemas dos governados e é uma absoluta falta de respeito por quem contribui e pelo erário que tempestivamente lhes paga o que ali estão a auferir: Os deputados custam (nos) muito dinheiro e o mínimo que deles esperaríamos seria uma governação pela positiva e não aquilo a que se assiste: sustentados pelo dinheiro que todos pagamos, o que procuram diária e sistematicamente é assegurar as suas “vitórias de pirro” partidárias e, consequentemente, privadas ou particulares. É um espetáculo deplorável e sintomático do que vale esta geração de “políticos”, que nem “trás de casa” nem adquiriu consciência, maturidade e responsabilidade social, sentido de Estado e respeito pela (parca) Democracia Representativa.

Espera-se dos deputados da nação notório saber sobre as matérias em que se envolvem e honestidade intelectual e empenho para promover as medidas que se apresentem necessárias para que tenhamos uma legislação coerente e adequada, por exemplo, e não entrar nesta corrida hipócrita e até obscurantista, como se todos nós, os que meramente elegemos, fossemos um rebanho de papalvos e ignorantes.

O quer deveria definir um organismo público teria que ser o seu escopo e, consequentemente, a sua natureza; não a sua estrutura acionista. O Instituto de Segurança Social, as Administrações Regionais de Saúde, a AT, o IMTT, as Direcções-Gerais, etc. são organismos públicos cujo escopo é o desempenho e ou fornecimento das prestações que cabem ao Estado.

Ora ao atentar em tudo o que vem acontecendo com a tão polemizada administração da CGD que lideraria  António Domingues, tem-se a sensação de que desde o legislador que ao tempo legislou como legislou e se conforma, passando pelos deputados até aos demais políticos, se trata de um enorme exército de ignorantes que não faz a mínima ideia do que é a matéria sobre a qual tanto fala, tanto discute, tanto perora:

            - Afinal, a CGD é um organismo público porquê?...
                        1. A CGD não é a “Junta de Crédito Público” que existiu até 1876;
2. A CGD é um Banco e exerce, em concorrência com BPI, Santander Totta, BES/Banco Novo, MG-CEL e outros bancos, uma atividade comercial;
                        3.A GCD não presta qualquer tipo de serviço público, bem pelo contrário: mau grado a sua carteira de clientes ser a que integra mais pessoas de baixos rendimentos e baixos recursos (sem rebuço nem eufemismos, os mais pobres!), a CGD é o Banco que mais comissões, taxas e sobretaxas aplica aos seus clientes (a que tem o mais volumoso “preçário”) e é o banco onde as comissões por natureza, comparadas com a banca “privada”, são mais altas; como costumo dizer, é um banco severissimamente coimativo e a ser público o seu desiderato, não prescinde de um prefixo: é anti-público;
                        4. A CGD, enquanto Banco, está regulado e escrutinado pelas bastantes “autoridades”, em paridade com os sues concorrentes,
                        5. o mesmo sucedendo com os seus administradores;
4. Os trabalhadores da CGD não são funcionários públicos,  são funcionários bancários, trabalhadores do setor privado, com o mesmo estatuto dos demais trabalhadores do setor bancário e abrigados pelos mesmos regime e subsistema de saúde;

Então, volto a colocar a pergunta: a CGD está subordinada às regras de organismo público, porquê?...

Porque a sua estrutura acionista é o Estado (isto é, o dono é o Povo representado pelo Estado)?...
Acaso presta (como deveria) algum serviço público (necessariamente programático, programado e integrado) que a distinga dos bancos privados?...
é muita Ignorância, hipocrisia e demagogia pretender que isso  - e apenas isso - (a propriedade),faz da CGD um organismo público ou um banco público.
Ou eu estou completamente idiota, ou estão/são idiotas V/Excias, porque a circunstância do Estado deter uma parte ou o todo do capital de qualquer empresa e ou entidade comercial, isto é, com escopo lucrativo, não teria porque fazer dessa entidade um organismo público nem que submeter essa entidade às regras dos organismos públicos/que prestam serviços públicos. Se a única forma que o Estado encontra para escrutinar os seus interesses de acionista numa entidade de escopo lucrativo é dar-lhe estatuto de empresa pública, o Estado (i.e., quem legisla, quem administra, etc.) é inepto. E além de inepto, é hipócrita. E é hipócrita porque se conforma com este estatuto híbrido da CGD: pública num par de vertentes mas privada nas demais. Ora isto não é sequer matéria ideológica, é matéria de gestão / administração pura e simples e que deixa bem patente – também – a incompetência técnica de boa parte de V/Excias.

            Concluindo, dos deputados eleitos para a assembleia legislativa, nós, os eleitores, não esperamos (dispendiosos e pouco sérios) rally-papers mas sim medidas, incluindo as legislativas, que despolitizem o que não é político, a bem da seriedade, da transparência e da eficiência administrativas.

Projeto Cidade

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