PROCIDADE
…se até as certidões de “teor negativo” de Finanças e ISS
são válidas pelo menos por seis meses!...
são válidas pelo menos por seis meses!...
"Exmos, Sr Director do IEFP
– Braga,
Srs Secretário de Estado e Sr Ministro da Tutela,
CARTA ABERTA
Exmos Senhores,
ao longo de um ano de inscrição, esta é a 3 ou 4ª vez que
sou indagado neste sentido (na sequência da sua inscrição para emprego (…) nós não
conseguimos, devolva o postal preenchido ou anularemos a sua inscrição). Trimestralmente, portanto, ou
assim parece. Ora eu queria fazer notar a V/excias que me não falta nem
literacia nem proactividade para dar o conhecimento respectivo e tempestivo ao
IEFP consoante, a) deixe de estar disponível para emprego, b)
deixe de querer manter a inscrição.
Efectivamente, em 1983 (e fica apenas este apontamento sobre o meu curricula), andaria o actual director do IEFP (e quiçá o Sr secretário de estado e até o Sr Ministro) na escola primária (1º ciclo) já eu dirigia serviços administrativos!!!
Fica assim o IEFP dispensado de gastar tempo e dinheiro
com estes expedientes, podendo/devendo canalizar esses recursos para aquele
que deveria ser o seu escopo: O EMPREGO.
Embora seja legítimo presumir que o próprio IEFP,
convertido cada vem mais no instituto
do desemprego (e do policiamento aos
desempregados), viva uma verdadeira crise identitária. De facto – e porque
falei dos anos 80 - algo há-de de explicar porque é que esse organismo que
naquele tempo (o tempo do “Dr. Pontes” e do Dir. António Vieira ), acomodado a custo nas
exíguas instalações da Rua 25 de Abril, fazia 10 vezes mais pelo emprego de que
o que faz hoje.e hoje ocupa 10 vezes mais espaço e custa – pelo menos – 10
vezes mais de que naquele tempo, o que resulta neste quadro de (perda) de
eficácia/eficiência: quando custava 10 produzia 100, quando passou a custar 100
produz 10. Quadro que serve também para ilustrar a eficácia do ISS/Seg Social
entre quando estava nas instalações da Av. Da Liberdade e agora nas
mega-instalações onde está agora.
Recomendando a todos, de passagem, a leitura de duas
parábolas (ou metáforas) publicadas nos primeiros números da revista
“DIRIGIR” (e se não foi nos 1ºs números da “Dirigir” foi nos da “Formar”) do
saudoso e profícuo IEFP de outrora, respectivamente, “A carta de
Wellington” (afinal, o que andamos aqui a fazer?) e “Quem dá de
comer ao macaco” (quem tem que funções e que obrigações, para quê e para
quem), entenda-se que se afinal esse organismo se converteu no organismo
certificador do desemprego e para isso um centésimo do pessoal e dos
custos basta: o desempregado pode fazer a sua inscrição on-line e depois
é só fazer a manutenção das bases de dados.
Resulta
num intolerável cinismo esta indagação trimestral, num deplorável lavar daí
as mãos, numa reprovável declinação de responsabilidade, quando, ainda por
cima, atingem os – esses - organismos a tal dimensão de “monstro” com que os
apelidou em devido tempo o ex-ministro Miguel
Cadilhe.
E de tal
sorte que, lembrando as palavras do decano Mário Soares ,
se isto se passasse nos anos 70 ou 80 o IEFP do desemprego já
teria sido objecto de uma ocupação por parte dos trabalhadores, isto é, do Povo
Soberano.
Afinal –
e insisto para que procurem os tais artigos, estão nos Vossos arquivos – O
que andamos aqui a fazer, e quem tem de dar de comer ao macaco???"
Atentamente,
O “desempregado certificado”
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