"O Banco Alimentar haja fome
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Isabel Jonet voltou a abrir a boca, e não tendo entrado mosca também não disse nada que não tivesse dito anteriormente, a velha k7 do vivemos acima das nossas possibilidades em versão bife. Mas aproveitemos para pensar no Banco Alimentar e em toda a cadeia das IPSS, cada vez mais sustentada pelo benemérito Mota Soares com os nossos impostos.
Explica Paulo Pedroso:
Em 2011 as campanhas de recolha em supermercados contribuíram apenas com 10% do valor dos produtos recolhidos pelo Banco Alimentar de Lisboa. A indústria agro-alimentar, reciclando os seus excedentes, doou 43%. A reciclagem de excedentes da UE contribuiu com 22%. O Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (de novo, os excedentes) doou 11%. As retiradas de fruta pelo IFAP (ainda os excedentes) renderam 6%. Ou seja, ao todo, o escoamento de excedentes correspondeu a 82% do valor dos produtos distribuídos.
Ao que parece o “core business do Banco Alimentar não é a nossa caridade, é evitar o escândalo da destruição de produtos alimentares no nosso país e na nossa Europa“. Estamos sempre a aprender. O que me preocupa é como a jusante estes alimentos são distribuídos. Preocupa-me saber se praticam as moralices da Jonet na hora de dar um kg a um ou meio a outro, se existe segregação de acordo com a prática religiosa ou sua ausência, e a vida que se leva, que ouvir madames Jonet a chamar desenvergonhada a esta e bêbado àquele é o pão nosso de cada dia. Fazer o bem sem olhar a quem é não é para todos, e esta gente tem um longo passado de probrezinhos de estimação e pobres de embirração.
Acreditar que as instituições da Igreja Católica Apostólica Romana funcionam de forma muito diferente de uma Irmandade Muçulmana é puro lirismo. E tudo o que vem do estado deve ser distribuído pelo estado e por técnicos do estado, devidamente habilitados para o efeito (sim, os cursos superiores de Serviço Social existem). Mais, é vergonhoso que as IPSS sejam financiadas sabendo que entre os seus gastos está o pessoal, seleccionado de acordo com critérios de fé e não com a isenção e igualdade que o estado deveria ter.
Quanto à caridade, não é o meu campeonato: quero é acabar com os pobres e não preciso deles para salvar a alma, coisa que de resto nem sequer existe"
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